domingo, 26 de junho de 2011

Minha Teoria Sobre a Vida, o Universo, e Tudo Mais

O que todo mundo se pergunta durante a vida é: "o que acontece depois que a gente morre?" O que eu penso é que é muito legal pensar sobre isso, mas você tem que viver a vida em função da vida, se não corre o risco de viver meio morto. É totalmente natural esse questionamento, mas você também deve saber que nunca terá certeza da resposta. Você só terá uma resposta concreta sobre a morte - se houver uma - na morte.
O que eu pensei para mim, para viver bem, foi ter em mente " ah, ok. Se tiver vida após a morte, beleza, vou viver, aí vejo como é. Se não houver vida após a morte, então não vou mais existir. Então beleza também, porque o não existir é o não sentir, o não ter consciência, portanto não há como sofrer ou com o que se preocupar - porque simplesmente não se existe!"
Mas esse questionamento sobre o "além" é mesmo uma questão humana que não sai da cabeça, e eu criei a minha teoria sobre o que acontece.
Morri. Acabou.
É, isso mesmo. Acho que quando a gente morre a gente deixa de existir. Mas sabe aquela lei que "tudo se transforma" ? O mundo, o universo, a vida, é algo orgânico, que vive, morre e revive o tempo todo, num processo. Eu acho que quando a gente morre, a nossa energia, nossa essência, nosso espírito, alma, existem vários nomes - sabe, aquela coisa inexplicável que te torna único? - então, essa coisa aí, meio que se esparrama pelo mundo. Meio que como se você se tornasse uma onda vibracional específica, entre milhões de ondas vibracionais específicas, infinitas ondas vibracionais específicas, que formam o infinito. Que tem vários nomes também, Deus, Cosmo, enfim. Seria como se você se tornasse um fio de um pano complexo que não tem começo nem fim. Você não tem mais começo nem fim. Você não é mais você, você virou o tudo e o nada. É como se você fosse cada pedacinho do mundo. Mas não acho que seja como algumas pessoas pensam, como por exemplo "ah, vou virar parte de uma árvore, de uma pedra, do mar, etc", como se todos fossem virar a mesma coisa. Pensar assim acaba com o que há de especial em você. Eu acredito que você vai ser "a parte que cabe a você" no mundo. Como se você se encaixasse especificamente onde é pra se encaixar. Em tudo, infinitamente, mas com essa coisa especial que te torna único, que irá tornar todas as coisas únicas, e especiais.
No entanto, você perde a sua individualidade. Você já não existe mais como ser humano. Perde a noção do "eu". Pode parecer assustador, mas eu acho maravilhoso! É perder a consciência, mas não exatamente perder a consciência! É perder a consciência de você como indivíduo e então passar para um outro nível de consciência. A consciência universal, esse mistério que faz tudo funcionar, tudo viver, morrer e reviver, o tempo todo, num processo. Então você será uma parte e o todo, isso é inexplicável. Mas não acredito que haja pensamento, como conhecemos. É outro nível de existência. É a existência e a não existência.
Ótimo, já falei sobre viver, sobre morrer, e o reviver? Acredito que o mundo, como está aí existindo, vai se transformando, então chega uma hora que, sabe-se lá porquê, porque as pessoas vivem, se reproduzem e morrem e curtem fazer todas essas coisas, e o universo vai acontecendo nessa matemática infinita que nós não conseguimos entender. Então chega uma hora em que se precisa de uma nova vida. Ou melhor, uma nova vida acontece. Um espermatozóide único fecunda um óvulo único e nesses dois serezinhos e em outras substâncias necessárias para se criar a vida, e em outras mais que não enxergamos, talvez estejam pequenas partículas do universo. Um pouco de poeira cósmica, um pouco de pó de ouro, pele de morto, fumaça de café, ou cocô de cachorro. Umas partículas de tudo o que existe e não existe. Então essas partículas específicas irão dar vida a uma vida específica. A um novo serzinho humano, que vai pensar que é "eu" e está separado de todo o resto, mas na verdade não está.
E por que essas partículas específicas? Quem escolhe? Será o acaso? Eu acho que o universo escolhe, mas o universo não "escolhe", porque o universo não é "uma consciência", é outro nível. É a matemática de infinitos que nós não entendemos! E não é pra entender. É perfeito e não é perfeito, mas isso não importa para o universo porque ele não tem a consciência do perfeito, do certo e do errado, do que deve acontecer ou não.
Simplesmente acontece, e não acontece também.
E pra mim isso é lindo, essa é a beleza de tudo, é o que faz eu achar maravilhoso que seja inexplicável!
"E as lembranças de vidas passadas?", você dirá. Tantas pessoas descobrem que "foram não sei quem em outra vida". Exatamente! "foram não sei quem"- isso mesmo, foram outra pessoa; "em outra vida" - isso mesmo! outra vida! Não essa! Outra! Essa vida de agora é a sua vida! "Mas ainda assim", você dirá, "eu sei que era eu". Sim, porque você faz parte de tudo. Você é uma parte de todas as pessoas, você é o universo!
Talvez o que aconteça seja que, quando a sua vida se formou, todas essas partículas específicas que o universo - você mesmo - conspirou para que te formassem, tudo isso traz sua parte de vibração, sua carga, tudo isso traz "aquela" coisa especial e única, tudo isso traz um "espírito", que irá formar você, a sua consciência, e a sua consciência de "eu". Então você irá pensar "Em outra vida, fui uma rainha no Egito", sim, você foi, mas não exatamente, aquilo era outra pessoa.
Talvez por isso digam que "você mesmo escolhe onde quer nascer, com quem viver, etc." Sim, porque você enquanto universo é que se formou em uma vida. E você enquanto "uma vida" continua fazendo parte do universo, influenciando e recebendo as influências dele e portanto "escolhendo" tudo o que vai "acontecer", é a tal matemática de infinitos de novo!
E pensar assim não é "niilista" nem torna a vida "sem sentido". Muito pelo contrário, te coloca como parte integrante e fundamental do mundo,  te dá a consciência da sua importância e total responsabilidade pelos seus atos.
Pensar que "você" não é só "você" faz todo o sentido, tem muita lógica, te deixa mais confiante e preocupado e ao mesmo tempo mais relaxado e calmo.
E, sinceramente, acho muito mais bonito.